Versículos

Ezequias Confia em Deus

2 Reis 18:13-19:37, ~7 mins

13 E aos catorze anos do rei Ezequias, subiu Senaqueribe rei da Assíria contra todas as cidades fortes de Judá, e tomou-as. 14 Então Ezequias, rei de Judá, mandou dizer ao rei da Assíria em Laquis: Eu pequei; afasta-te de mim, e suportarei tudo o que me impuseres. E o rei da Assíria impôs a Ezequias rei de Judá trezentos talentos de prata, e trinta talentos de ouro. 15 Deu, portanto, Ezequias toda a prata que foi achada na casa do SENHOR, e nos tesouros da casa real. 16 Então desmontou Ezequias as portas do templo do SENHOR, e as dobradiças que o mesmo rei Ezequias havia coberto de ouro, e deu-o ao rei da Assíria. 17 Depois o rei da Assíria enviou ao rei Ezequias, desde Laquis contra Jerusalém, a Tartã e a Rabe-Saris e a Rabsaqué, com um grande exército: e subiram, e vieram a Jerusalém. E havendo subido, vieram e pararam junto ao aqueduto do tanque de acima, 18 Chamaram logo ao rei, e saiu a eles Eliaquim filho de Hilquias, que era mordomo, e Sebna escriba, e Joá filho de Asafe, chanceler. 19 E disse-lhes Rabsaqué: Dizei agora a Ezequias: Assim diz o grande rei da Assíria: Que confiança é esta em que tu estás? 20 Dizes, (por certo palavras de lábios): Tenho conselho e esforço para a guerra. Mas em que confias, que te rebelaste contra mim? 21 Eis que tu confias agora neste bordão de cana quebrada, em Egito, no que se alguém se apoiar, lhe entrará pela mão, e se lhe passará. Assim é Faraó, rei do Egito, para todos os que nele confiam. 22 E se me dizeis: Nós confiamos no SENHOR nosso Deus: não é aquele cujos altos e altares tirou Ezequias, e disse a Judá e a Jerusalém: Diante deste altar adorareis em Jerusalém? 23 Portanto, agora eu te rogo que dês reféns a meu senhor, o rei da Assíria, e eu te darei dois mil cavalos, se tu puderes dar cavaleiros para eles. 24 Como, pois, farás virar o rosto de um capitão o menor dos servos de meu senhor, ainda que estais confiantes no Egito por seus carros e seus cavaleiros? 25 Além disso, acaso eu vim sem o SENHOR a este lugar, para destruí-lo? Foi o SENHOR que me disse: Sobe a esta terra, e destrói-a. 26 Então disse Eliaquim filho de Hilquias, e Sebna e Joá, a Rabsaqué: Rogo-te que fales a teus servos em siríaco, porque nós o entendemos, e não fales conosco judaico a ouvidos do povo que está sobre o muro. 27 E Rabsaqué lhes disse: Enviou-me meu senhor a ti e a teu senhor para dizer estas palavras, e não antes aos homens que estão sobre o muro, para comerem o seu excremento, e beberem a sua própria urina convosco? 28 Logo Rabsaqué ficou de pé, e clamou em alta voz na língua judaica, e falou, dizendo: Ouvi a palavra do grande rei, o rei da Assíria. 29 Assim disse o rei: Não vos engane Ezequias, porque não vos poderá livrar de minha mão. 30 E não vos faça Ezequias confiar no SENHOR, dizendo: De certo nos livrará o SENHOR, e esta cidade não será entregue em mão do rei da Assíria. 31 Não ouçais a Ezequias, porque assim diz o rei da Assíria: Fazei comigo paz, e saí a mim, e cada um comerá de sua vide, e de sua figueira, e cada um beberá as águas de seu poço; 32 Até que eu venha, e vos leve a uma terra como a vossa, terra de grão e de vinho, terra de pão e de vinhas, terra de olivas, de azeite, e de mel; e vivereis, e não morrereis. Não ouçais a Ezequias, porque vos engana quando disse: o SENHOR nos livrará. 33 Acaso algum dos deuses das nações livrou sua terra da mão do rei da Assíria? 34 Onde está o deus de Hamate, e de Arpade? Onde está o deus de Sefarvaim, de Hena, e de Iva? Puderam estes livrar a Samaria de minha mão? 35 Que deus de todos os deuses das províncias livrou a sua província de minha mão, para que livre o SENHOR de minha mão a Jerusalém? 36 E o povo se calou, de maneira que não lhe responderam palavra: porque havia mandamento do rei, o qual havia dito: Não lhe respondais. 37 Então Eliaquim filho de Hilquias, que era mordomo, e Sebna o escriba, e Joá filho de Asafe, chanceler, vieram a Ezequias, com suas roupas rasgadas, e contaram-lhe as palavras de Rabsaqué.

19 E quando o rei Ezequias o ouviu, rasgou suas roupas, e cobriu-se de saco, e entrou-se na casa do SENHOR. 2 E enviou a Eliaquim o mordomo, e a Sebna escriba, e aos anciãos dos sacerdotes, vestidos de sacos a Isaías profeta filho de Amoz, 3 Que lhe dissessem: Assim disse Ezequias: Este dia é dia de angústia, e de repreensão, e de blasfêmia; porque os filhos vieram até o ponto do parto, mas a que dá à luz não tem forças. 4 Talvez ouvirá o SENHOR tua Deus todas as palavras de Rabsaqué, ao qual o rei dos assírios, seu senhor, enviou para afrontar o Deus vivo, e repreenderá pelas palavras que o SENHOR teu Deus ouviu: portanto, eleva oração pelos restantes que ainda continuam. 5 Vieram, pois, os servos do rei Ezequias a Isaías. 6 E Isaías lhes respondeu: Assim direis a vosso senhor: Assim disse o SENHOR; Não temas pelas palavras que ouviste, com as quais me blasfemaram os servos do rei da Assíria. 7 Eis que porei eu nele um espírito, e ouvirá rumor, e se voltará à sua terra: e eu farei que em sua terra caia à espada. 8 E regressando Rabsaqué, achou ao rei da Assíria combatendo a Libna; porque havia ouvido que se havia partido de Laquis. 9 E ouviu dizer de Tiraca rei de Etiópia: Eis que saiu para fazer-te guerra. Então voltou ele, e enviou embaixadores a Ezequias, dizendo: 10 Assim direis a Ezequias rei de Judá: Não te engane teu Deus em quem tu confias, para dizer: Jerusalém não será entregue em mão do rei da Assíria. 11 Eis que tu ouviste o que fizeram os reis da Assíria a todas as terras, destruindo-as; e hás tu de escapar? 12 Livraram-nas os deuses das nações, que meus pais destruíram, a saber, Gozã, e Harã, e Rezefe, e os filhos de Éden que estavam em Telassar? 13 Onde está o rei de Hamate, o rei de Arpade, o rei da cidade de Sefarvaim, de Hena, e de Iva? 14 E tomou Ezequias as cartas da mão dos embaixadores; e depois que as leu, subiu à casa do SENHOR, e estendeu-as Ezequias diante do SENHOR. 15 E orou Ezequias diante do SENHOR, dizendo: SENHOR Deus de Israel, que habitas entre os querubins, tu só és Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste o céu e a terra. 16 Inclina, ó SENHOR, teu ouvido, e ouve; abre, ó SENHOR, teus olhos, e olha: e ouve as palavras de Senaqueribe, que enviou a blasfemar ao Deus vivente. 17 É verdade, ó SENHOR, que os reis da Assíria destruíram as nações e suas terras; 18 E que puseram no fogo a seus deuses, porquanto eles não eram deuses, mas sim obra de mãos de homens, madeira ou pedra, e assim os destruíram. 19 Agora, pois, ó SENHOR Deus nosso, salva-nos, te suplico, de sua mão, para que saibam todos os reinos da terra que só tu, SENHOR, és Deus. 20 Então Isaías filho de Amoz enviou a dizer a Ezequias: Assim disse o SENHOR, Deus de Israel: O que me rogaste acerca de Senaqueribe rei da Assíria, ouvi. 21 Esta é a palavra que o SENHOR falou contra ele: Menosprezou-te, escarneceu-te a virgem filha de Sião; moveu sua cabeça detrás de ti a filha de Jerusalém. 22 A quem afrontaste e a quem blasfemaste? E contra quem falaste alto, e levantaste em alto teus olhos? Contra o Santo de Israel. 23 Por meio de teus mensageiros proferiste afronta contra o Senhor, e disseste: Com a multidão de meus carros subi aos cumes dos montes, às costas do Líbano; e cortarei seus altos cedros, suas faias escolhidas; e entrarei à morada de seu termo, à floresta de seu terreno fértil. 24 Eu cavei e bebi as águas alheias, e sequei com as plantas de meus pés todos os rios de lugares bloqueados. 25 Nunca ouviste que há muito tempo eu o fiz, e de dias antigos o formei? E agora o fiz vir, e foi para desolação de cidades fortes em amontoados de ruínas. 26 E seus moradores, fracos de mãos, quebrantados e confusos, foram qual erva do campo, como hortaliça verde, e feno dos telhados, que antes que venha a maturidade é seco. 27 Eu soube teu assentar-te, teu sair e teu entrar, e teu furor contra mim. 28 Porquanto te iraste contra mim, e teu estrondo subiu a meus ouvidos, eu, portanto, porei meu anzol em tuas narinas, e meu freio em teus lábios, e te farei voltar pelo caminho por onde vieste. 29 E isto te será por sinal Ezequias: Este ano comerás o que nascerá de si mesmo, e no segundo ano o que nascerá de si mesmo; e ao terceiro ano semeareis, e colhereis, e plantareis vinhas, e comereis o fruto delas. 30 E o que houver escapado, o que haverá restado da casa de Judá, voltará a lançar raiz abaixo, e dará fruto acima. 31 Porque sairão de Jerusalém remanescentes, e os que escaparão, do monte de Sião: o zelo do SENHOR dos exércitos fará isto. 32 Portanto, o SENHOR diz assim do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará flecha nela; nem virá diante dela escudo, nem será levantado baluarte contra ela. 33 Pelo caminho que veio se voltará, e não entrará nesta cidade, diz o SENHOR. 34 Porque eu ampararei a esta cidade para salvá-la, por causa de mim, e por causa de Davi meu servo. 35 E aconteceu que a mesma noite saiu o anjo do SENHOR, e feriu no campo dos assírios cento oitenta e cinco mil; e quando se levantaram pela manhã, eis que eram todos cadáveres. 36 Então Senaqueribe, rei da Assíria, partiu-se, e se foi e voltou a Nínive, onde ficou. 37 E aconteceu que, estando ele adorando no templo de Nisroque seu deus, Adrameleque e Sarezer seus filhos o feriram à espada; e fugiram-se à terra de Ararate. E reinou em seu lugar Esar-Hadom seu filho.